Tradição: ou você tem ou você não tem ...

Bilionarios compram clubes de futebol e tentam fazê-los grandes; Na teoria, gênial.

Por Guilherme Lúcio


Nesses século, estamos vendo uma novidade no mínimo interessante no mundo futebolístico. Pessoas extremamentes ricas, compram clubes de futebol individados ou com pouca expressão e os transformam em um esquadrão de craques, com altos salário. Porém, nenhum clube compra uma camisa de peso, tradição e isso também é importante no futebol. Exemplos não faltam, mais nesse post vou pegar um desses clubes que se tornou grande recentemente, o Manchester City.

Clube mediano da Inglaterra, fundado 1880 ( era conhecido como St. Mark's, alterou para o nome atual em 1894 ), era famoso até pouco tempo apenas por ser o primo pobre da cidade de Manchester e o principal rival do Manchester United. Time que tem como título mais importante uma Recopa Européia ( hoje conhecida como Liga Europa ), e já freqüentou por diversas vezes a 2º divisão do campeonato Inglês, nos últimos anos está figurando entres os grandes da Europa. Em 2006 o City foi comprado pelo ex-Primeiro-Ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, que em seu primeiro ano, já inicia uma grande revolução no clube, com direito até a contrações de jogadores brasileiros, como Elano ( atualmente no Santos ) e Geovanni ( atualmente no Vitória-BA ). A primeira temporada teve muitos altos e baixos, cito dois como a vitória sobre o rival local e o revez vergonhoso na ultima rodada por 8x1, contra o fraco Middlesbrough. Em setembro de 2008, Shinawatra vende o clube para Abu Dhabi United Group, grupo comandado por Khaldoon Al Mubarak e que mudou novamente os rumos do clube azul de Manchester. Em 2 anos, o Xeque desembolsou pouco mais € 130 milhões de euros em contratações como Tevez, Robinho, Adebayor, etc, isso sem contar a proposta de mais de € 100 milhões recusada por Káká e o cheque em branco que o mandatário do City ofereceu ao Barcelona por Lionel Messi, isso mesmo um CHEQUE EM BRANCO !

Nas duas ultimas temporadas, o City vem conseguindo resultados mais expressivos, e até uma inédita vaga para a UEFA Champions League. Isso não quer dizer que o Al Mubarak tenha fechado o cofre, pelo contrario, nesse espaço de tempo ele reforçou o elenco com nomes como David Silva, Balloteli, o técnico Roberto Mancini e outros diversos nomes de peso. E a temporada 2011/2012 tinha tudo pra ser inesquecível, já que o clube contratou Kun Agüero, jogador pretendido por diversos clubes e que acabou sendo a negociação mais cara da história do Manchester City, € 45 milhões, a estréia na Champions, mas aí veio o choque de realidade. O time até vem conseguindo ótima campanha no campeonato inglês, perdeu apenas 1 jogo em 15 disputados, mas na competição européia amargou uma eliminação na fase de grupos, e o que ficou claro foi a falta de ambição do time em ser grande, principalmente em jogos decisivos, como contra o Napoli. O time italiano parecia estar jogando o ultimo jogo de sua história, jogadores correndo, vibrando, enquanto os jogadore citizenses pareciam desconhecer a importância do jogo para história do clube em que eles estavam jogando e a derrota por 2 x 1, foi uma das derrotas mais doloridas para o torcedor, não só por deixar seu time a beira de uma eliminação, mas por ver seu tome jogar sem aquela raça e vontada tão bem quista por eles. E o curioso é que rival da cidade, o United também foi eliminado da Champions, porém garanto que seus torcedores não ficaram decepcionados com alguma possível falta de vontade do grupo.

Tenho certeza que os torcedores do City estão felizes e curtindo o bom momento de seu clube, mas será que eles já pensaram se os donos do seu clube ficarem pobres, será que eles vão voltar ao ostracismo, aos anos de jejum contra o rival ? Dinheiro é bom, mas acaba, já a tradição ...