Logística do Mercado da Bola

De Clubes Pequenos á Gigantes,a busca por novos Clubes consumidores é imensa nessa época do ano; Negócios vão de Empréstimos á contratações de impacto

Mercado da Bola: Empresários inflacionam mercado;

Por Paulo Vitor

Sempre após o fim do Campeonato Brasileiro, se inicia o ciclo de especulações do Futebol nacional. Busca por reforços, manutenções do elenco para a temporada seguinte, empréstimos,pacotões ou simplesmente contratações de impacto são bastante comuns no cenário atual,que se contraria perante a participação do Santos no Mundial(embora o mesmo já esteja se movimentando para tanto).

Agenciados por empresários ou Órgãos com esta finalidade, jogadores são oferecidos aos Clubes, e caso manifestem interesse, realizam a contratação. Quando mais de uma equipe se demonstra apta por um mesmo atleta,há a disputa por um investimento, e tal qual um Leilão, se amontoa pelo aumento do montante envolvido,desde multas á salários.  É o recente Caso do jogador Montillo, atualmente no Cruzeiro,disputado por Corinthians,Flamengo e São Paulo.Ainda usando o exemplo do argentino cruzeirense, tendo em vista justamente essa inflação de cifras, propostas inexistentes,baseado em boatos e de caráter duvidoso, pode surgir a  chamada ”especulação". Assim como contratações de nível técnico conhecido e de preferência incrustado na Europa podem vir a dar certo no Brasil.

Por se tratar de algo em particular, Equipes de menor expressão realizam pacotes de contratações, idealizados pela sua quantidade abusiva, contratos de curta duração  e empregando jogadores com passagens em Clubes Grandes, tal qual ocorrido com Mogi Mirim e Botafogo-SP. Empréstimos se tornam  uma opção viável,como o de Ademir Sopa ao Linense.

Equipes Tradicionais,como o próprio São Paulo, já realizaram algumas contratações pontuais,em busca da  reforma do Plantel,fixando jogadores desconhecidos(Edson Silva,Maicon e Fabricio). Há entretanto, o lado negativo desse mercado:o rebaixado Avaí, antes mesmo do Nacional acabar, já havia anunciado a dispensa de mais de 15 profissionais do esporte. Representando a parte cerebral do esporte, técnicos também estão fadados á essa “Bolsa de Valores.”,citando o caso do Oswaldo de Oliveira com o Botafogo.E Obviamente, paralelo á tudo isso, há o desejo de segurar os principais jogadores, de faze-los resistir á tentação do capital.

Quase sempre passível a confusões com futuros contratantes, empresários não medem esforço para tentar inflacionar o mercado de ações futebolístico, garantindo assim, um lucro maior nas transações.Alguns famosos, Como Wagner Ribeiro, o Grupo DIS e a recém-fundada 9ine apresentam um gerenciamento completo na carreira do jogador,praticamente os isentando de qualquer preocupação que não o seja jogar futebol,desde as categorias de base, a exemplo do Neymar.

Os Clubes têm de demonstrar encontrar situações alternativas em meio a esse aliciamento de jogadores em peso,seja garimpando promessas, seja através de reforços os mais baratos possíveis, entre tantos citados. A Procura por reforços faz a demanda crescer, impulsionando os valores comerciais a níveis absurdamente altos.Essa logística,por mais unilateral que possa ser, visa a independência das equipes justamente dos empresários.Afinal de contas, ninguém quer ser refém de uma logística com mais prejuízos, que benefícios. É apenas, a lei do Mercado.